BOTOX NO DENTISTA

Produto ajuda especialistas na solução de problemas funcionais e estéticos

A toxina botulínica, conhecida popularmente por Botox e por seu uso em tratamentos estéticos, ganha novas utilizações em consultórios odontológicos especializados.

O produto tem sido empregado para diversos objetivos, desde funcionais, como alívio do bruxismo (ranger de dentes) severo, até estéticos, como o sorriso gengival. “O uso da toxina é seguro e tem auxiliado em tratamentos em que os métodos tradicionais não resolvem sozinhos ou são dolorosos”, explica o professor e especialista em reabilitação oral Dr. Celso Marques.

No caso do bruxismo, ou apertamento, o Botox é utilizado no relaxamento da musculatura mastigatória. “Em caso de bruxismo muito severo, o músculo temporal, que deveria ser acionado somente quando precisamos de mordidas muito fortes, fica dolorido e pode causar cefaleia tensional”, explica o Dr. Celso Marques.

Segundo ele, o tratamento tem vantagens sobre a tradicional placa de relaxamento por ser eficaz em todos os casos e também por não demandar disciplina e adaptação do paciente. O bruxismo, além de dor de cabeça, provoca desgaste excessivo dos dentes, perda de osso de suporte dental e seu diagnóstico é feito por meio de exame clínico.

O Botox também tem sido utilizado no tratamento do sorriso gengival, em que grande parte da gengiva fica exposta quando o gesto ocorre. A novidade é uma alternativa à cirurgia, bastante invasiva e com pós-operatório dolorido. A aplicação é feita no lábio superior, impedindo que este se retraia tanto, protegendo assim a mucosa da boca.

Além disso, o produto também tem sido aplicado em pessoas com assimetria na musculatura labial. “Com o relaxamento desses músculos, a hipertrofia diminui e ameniza-se muito a diferença de formato de um lado para o outro do rosto”, afirma o especialista em reabilitação oral.

O professor Dr. Celso Marques conta que apenas uma sessão de aplicação é suficiente para a solução dos casos e que seu efeito dura de quatro a seis meses, após os quais pode ser necessária ou não a reaplicação. Ele recomenda um intervalo mínimo de três meses, considerando-se outras utilizações do produto, como estética ou ortopédica.